domingo, 25 de setembro de 2011

Vício

Vício

Sinto não mais sobreviver se esta noite não chover
E parar pra pensar me faz esquecer que estou vivo.
Vire seu rosto de frente a olhar em meus olhos
Sua simplicidade delicada como chuva de meteoros.

Os objetos somem pelo quarto...
E luzes deslizam pelo chão, onde estou deitado
Folhas se espalham num outono falso
E mais uma trilha atrapalha meus passos
Por frutas mais pecas e galhos mais secos
Pássaros pretos mortos no quintal
Imagino esse céu como limpo, eu que nem sinto mais
Presença inquietante, esse mal viciante
Que um dia, por acaso, me faça, só abra seus braços
E me alivie um pouco mais.


8 de novembro de 2007

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